terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Star Cluster R136 Bursts Out


A urtiga e mão


Dia de Verão. Hora de sesta.



Queres uma festa? - disse a urtiga à mão.
Esta, esquiva, disse que não.
Depois, que sim.
Irra!
E a sesta acabou em comichão.

Poema de António Torrado

Harley Bradley House (Frank Lloyd Wright)


O Sena perto de Asnières (Renoir)


O Sena perto de Asnières,
por volta de 1879
Óleo sobre tela, 71 x 92 cm
Londres, National Gallery

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Menino Dormindo


Menino dormindo...
Silêncio profundo,
Benvindo, benvindo,
Salvador do mundo!

Noite. Noite fria.
Mas que linda que é!
De um lado Maria
De outro José.

Um anjo descerra
A ponta do véu...
E cai sobre a Terra
A imagem do céu!

Poema de Pedro Homem de Melo.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Frase 1 "Pessoa entre multidão"


Não há nada mais verdadeiro que ser pessoa entre a multidão.

Frase sobre personalidade Fernado Pessoa

As cores de IC 1795

A Tristeza



A tristeza
é
não poder ver
as estrelas
que nos fazem sonhar.

Faial I (Gustav Klimt)


Faial I, cerca de 1902
Buchenwald I
Óleo sobre tela, 100 x 100 cm
Dresden, Modern Galerie

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Alegria




Alegria
são
raios de sol
que surgem por traz
das nuvens
transparentes de água.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1 Dezembro de 1640


No dia 1 de Dezembro de 1640, morto Miguel de Vasconcelos, um numeroso grupo de nobres foi ao Senado Municipal de Lisboa, trouxe a bandeira e fez ecoar, na praça pública, com a aclamação do novo rei, a independência de Portugal.
Fonte: Bilhete Postal do Centenário de Portugal 1640-1940

A Menina que Roubava Gargalhadas



Laura era uma menina que gostava de gargalhadas e não tinha medo de nada. Sempre que via alguém rir, ia a correr roubar-lhe o riso. Abria os olhos com muita força até ficarem cheios de lágrimas, fazia "uh-uh" e deixava a outra pessoa a chorar, porque as lágrimas são tão contagiosas como o sarampo. Depois acabava por ficar muito aborrecida com o barulho do choro que interrompia todas as brincadeiras. É sabido que, enquanto se chora, não se pode fazer mais nada; a rir, mesmo que se tenha de parar um bocadinho para respirar, pode-se fazer tudo, incluindo desenhar (até porque um desenho tremido fica logo parecido com um desenho animado).
A técnica que Laura usava para roubar o riso aos meninos da idade dela era ainda mais fácil. Bastava emprestar-lhe um brinquedo qualquer-Laura tinha tantos brinquedos que já não ligava a nenhum- e tirar-lho das mãos logo a seguir, de repente. Se o menino insistisse em pegar outra vez no brinquedo, Laura partia-o. E depois, ficava sem saber o que fazer com aquelas gargalhadas só dela. Fartava-se de rir sozinha.

Inês Pedrosa, A Menina que Roubava Gargalhadas