terça-feira, 22 de dezembro de 2009
A urtiga e mão
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Menino Dormindo
domingo, 20 de dezembro de 2009
Frase 1 "Pessoa entre multidão"
domingo, 6 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
1 Dezembro de 1640
A Menina que Roubava Gargalhadas
Laura era uma menina que gostava de gargalhadas e não tinha medo de nada. Sempre que via alguém rir, ia a correr roubar-lhe o riso. Abria os olhos com muita força até ficarem cheios de lágrimas, fazia "uh-uh" e deixava a outra pessoa a chorar, porque as lágrimas são tão contagiosas como o sarampo. Depois acabava por ficar muito aborrecida com o barulho do choro que interrompia todas as brincadeiras. É sabido que, enquanto se chora, não se pode fazer mais nada; a rir, mesmo que se tenha de parar um bocadinho para respirar, pode-se fazer tudo, incluindo desenhar (até porque um desenho tremido fica logo parecido com um desenho animado).
A técnica que Laura usava para roubar o riso aos meninos da idade dela era ainda mais fácil. Bastava emprestar-lhe um brinquedo qualquer-Laura tinha tantos brinquedos que já não ligava a nenhum- e tirar-lho das mãos logo a seguir, de repente. Se o menino insistisse em pegar outra vez no brinquedo, Laura partia-o. E depois, ficava sem saber o que fazer com aquelas gargalhadas só dela. Fartava-se de rir sozinha.
Inês Pedrosa, A Menina que Roubava Gargalhadas
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
Morre lentamente
Morre lentamente.
Vive hoje!!!
Arrisca hoje!!!
Faz hoje!!!
Não te deixes morrer lentamente.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
A ponte
«Mãezinha!»
(O santo-e-senha, a palavra de passe, a chave de todas as portas, o livre trânsito para os países que estão por detrás do visível. Durante a viagem, o rapazinho, onze, doze anos, viera tranquilamente alagando os olhos no crepúsculo do fim da tarde, no rio coberto da cinza que caía do céu, riscado aqui além de pinceladas roxas, azuladas, com toques rubros no dorso da ondulação e das nuvens. O domingo extinguia-se, mortiço, pasmado de vazio. A carruagem, sem luz, oscilava, dançava sobre os carris. Dentro dela, muita gente e um mar de melancolia. E de repente aquela voz acordara o mundo. O tempo hesitara e suspendera-se, à espera.)
«Mãezinha! Olha a ponte! Tão bonita! Tantas luzes!»
(E, contudo, esta criança não desperta qualquer atenção particular. Não é feia, não é bonita. É banal. Veste sem gosto, como um homenzinho. Tem uma horrível gravata clara, com motivos florais tecidos a fio dourado. A risca do cabelo é do tipo implacável, traçada a direito, vigiada como uma fronteira. Mas este rapaz veio todo o tempo a absorver-se no crepúsculo, talvez a encher a alma de inapreensíveis cores, de impossíveis razões.)
«Repara, mãezinha, repara! Tantas luzes! E tão bonitas!»
(Do lugar onde estou sentado, não vejo a ponte. Ou melhor, vejo-a reflectida nos olhos do rapazinho, sei como ele a vê: um objecto maravilhoso, ali posto de propósito, no ponto exacto e na hora necessária, para que as crianças se tornem sábias e entrem na caverna dos inominados tesouros. Devagar, como quem teme uma brusca e familiar dor, volto a cabeça. A mãe tem o rosto pesado e alheio, inexpressivo, de quem nunca viu pontes ou as terá esquecido. Vejo os lábios moverem-se, formarem-se as palavras. Tremo, e, apesar de tudo, confio.)
«Ora, a ponte! Estou farta de ver a ponte!»
(Subitamente, o rapazinho, onze, doze anos, que antes parecera ter crescido de entusiasmo e alegria, que estava coberto de glória, no cimo da alta torre aonde só vão as crianças e os poetas-deixa cair os ombros, olha desiludido a mãe, e encosta-se no seu pequeno canto, como um animal ferido que se prepara para acolher a morte sozinho. A carruagem range e sacode-se com violência. A luz não vem e, já agora, não virá. Eu sinto frio. Num barco, ao fundo, dois namorados segredam coisas que só eles entendem. O resto é melancolia. A tarde está definitivamente perdida. Este dia veio ao mundo por engano. Havia uma promessa nele, mas alguém se desdisse e perjurou. O comboio entra na estação, salta sobre as agulhas, vai parar. A viagem acaba.)
Ah, sim, a ponte. Mas qual ponte?
FIM
José Saramago in, Deste Mundo e do Outro, jornal A Capital, 1968/69
Foto do Onda
domingo, 25 de outubro de 2009
Ford GT
Em Le Mans França em Julho de 1966, o lendário GT40 chega em primeiro, trazendo mais dois do mesmo time em segundo e terceiro lugar. Assim nasceu a lenda do Ford GT40, ainda sendo uma das estrelas mais lembradas do automobilismo por desbancar a Ferrari. Depois de quarenta anos volta a lenda do GT40, um esportivo em sua homenagem.
À volta de um Búzio
Dizem que o búzio nos traz
ao ouvido o som do mar.
Mas eu acho que é mentira:
se encosto o búzio ao ouvido
só ouço as ondas ondas do ar.
As ondas do ar me trazem
forte cheiro a maresia.
Mas eu acho que é mentira:
o mar não mora nas nuvens,
nunca em nuvens viveria.
Descem as nuvens no mar
se acaso a chuva acontece.
Mas eu acho que é mentira:
se encosto o búzio ao ouvido,
ouvir o mar me parece.
Fonte:"Conto estrelas em ti" Poema de Maria Alberta Menéres, Edições Campo de Letras
sábado, 24 de outubro de 2009
Bugatti Veyron
As origens deste carro remetem a 1998, quando foram apresentados os Bugattis EB 118, EB 218, EB 18/3 Chiron e o primeiro Bugatti Veyron, com o nome de EB 18/4, que significam Ettore Bugatti e o numero oficial de cilindros, que eram 18. Em 2001 foi apresentado com 16 cilindros, isso porque os 18 eram muito complexos para o desenho de seu motor.
Fonte: Wikipédia.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Coiote
O coiote tem uma má reputação que não é fundamentada. Com efeito, não é perigoso nem para o homem nem para o gado. Pelo contrário, alimenta-se sobretudo de pequenos roedores de reprodução rápida e de cadáveres, por isso o coiote até é útil! Tal como o seu primo lobo, o coiote uiva durante a noite. Pode também regougar, grunhir, gemer e gritar. É a fêmea que escolhe o seu parceiro e o casal fica unido durante vários anos. A fêmea instala-se numa toca para dar à luz. Enquanto ela toma conta das suas 4 a 10 crias, o macho monta guarda e procura alimento. Os jovens são presas fáceis para o lobo, o puma e o urso-pardo; no entanto, na idade adulta o coiote escapa facilmente aos seus predadores porque é o mais rápido dos canídeos (pode correr a 60 km/h). Este animal tem, todavia, dois defeitos que por vezes lhe pregam partidas: tem o mau hábito de se virar subitamente durante a corrida e dorme profundamente.
Fonte: Ao encontro dos animais "A minha primeira enciclopédia" Edições Girassol
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Urso-Polar
O Urso-Polar é o maior carnívoro terrestre: pode medir mais de 3,5 m de comprimento e pesar 600 kg. Vive sozinho na região do Árctico (Pólo Norte). Dotado de um olfacto, visão e ouvido muito desenvolvidos e com uma pelagem, cuja cor branca se confunde perfeitamente com a neve, este urso é um caçador temível. Mata as suas presas dando-lhes golpes de uma força incrível com as patas e, quando termina a refeição, enterra cuidadosamente os restos na neve para apagar todos os vestígios da sua passagem! Desloca-se seguindo as migrações da sua presa preferida: a foca. Por vezes, até passa todo o Verão num icebergue à deriva se este estiver ocupado por muitas focas. é um excelente nadador: percorre facilmente distâncias de 10 km a nado. O urso-polar não hiberna verdadeiramente. O macho costuma caçar durante todo o Inverno. Por outro lado, a fêmea protege-se do vento do frio numa fenda no gelo onde põe no mundo 1 ou 2 ursinhos que medem apenas 25 cm e pesam menos de 1 kg. Á excepção do homem, que o caça (sobretudo pela sua magnífica pele), o urso-polar não tem verdadeiros inimigos.
Fonte: Ao encontro dos Animais."A minha primeira enciclopédia" Edições Girassol.
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